A erva-de-são-joão (Ageratum conizoyde, St. John's Wort ou picão-roxo) é uma planta que produz flores amarelas. De acordo com dados históricos, ela tem sido usada pela medicina europeia tradicional; em específico, por gregos que viveram na Antiguidade. Essa planta surgiu na Europa, mas rapidamente se espalhou pelo mundo, seja em continentes (Ásia, América e Oriente Médio) e em certos países (Rússia e China, por exemplo). Hoje, ela é encontrada em todas as partes do mundo, diga-se de passagem.
Também é válido ressaltar seu aroma forte e característico, motivo pelo qual, em algumas regiões do Brasil, esta planta é apelidada de catinga-de-bode.
Historicamente, a erva-de-são-joão tem sido utilizada para o tratamento de vários problemas, a incluir doenças renais, pulmonares, insônia, depressão e como cicatrizante de feridas. Que tal conhecermos mais sobre esta erva? Acompanhe o artigo e conheça melhor seus benefícios. Boa leitura!
A erva-de-são-joão apresenta em sua composição a hipericina e a hiperforina, que são substâncias reconhecidas por suas propriedades antidepressivas. Atualmente, é muito usada como suplemento dietético para a depressão. As pessoas também a utilizam como suplemento dietético para outros problemas, incluindo sintomas da menopausa, transtorno de hiperatividade, déficit de atenção (TDAH) e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Também é tipicamente usada para cicatrização de feridas.
A erva-de-são-joão inibe a receptação da serotonina, dopamina e noradrenalina, que são substâncias químicas do cérebro e, por sua vez, estão relacionadas à depressão e à ansiedade. Recentes estudos clínicos descobriram que a eficácia da erva-de-são-joão foi superior à do placebo, ou tão eficaz quanto à maior parte dos antidepressivos (Prozac, Tofranil e Zoloft, por exemplo).
Ao contrário de outros tratamentos à base de plantas, muitos dos benefícios da erva-de-são-joão para a saúde já foram comprovados pela comunidade científica e os suplementos de ervas são comumente prescritos por profissionais médicos.
Sabe-se que a erva-de-são-joão trabalha de forma semelhante à medicação antidepressiva padrão. As pesquisas realizadas até hoje sugerem que o seu consumo aumenta a atividade de substâncias químicos cerebrais, como a serotonina e a noradrenalina, que comprovadamente desempenham um papel importante na regulação do nosso humor. Os componentes químicos da erva de St. John incluem biflavonoides e uma série de antioxidantes que têm um impacto significativo no comportamento hormonal, físico e químico do corpo.
A erva-de-são-joão se tornou extremamente popular nas últimas décadas. Agora, ela está amplamente disponível em todo o mundo como um remédio à base de ervas, eficaz no tratamento de muitos problemas de saúde. Evidências científicas mostram que a erva-de-são-joão pode ser útil no tratamento de depressão leve, sendo recomendada como uma alternativa eficaz no lugar dos medicamentos tradicionais. O benefício do seu uso é semelhante aos antidepressivos prescritos pelos médicos e vendidos em farmácias apenas com receita.
Dentre os principais benefícios da erva estão:
Talvez o efeito mais conhecido da erva-de-são-joão seja sua propriedade antidepressiva. Há décadas ela tem sido amplamente utilizada para aliviar os sintomas da depressão. Em dias atuais, é o remédio natural mais popular que os médicos e psiquiatras, em geral, prescrevem aos seus pacientes.
Ela possui a mesma combinação rara que os produtos químicos antidepressivos, capazes de inibir ou retardar a receptação de certos neurotransmissores, como a serotonina, dopamina e norepinefrina.
Os benefícios que a erva-de-são-joão trazem para quem a consome vão além do tratamento da depressão, pois suas propriedades também são úteis às pessoas que sofrem de ansiedade e mudanças repentinas de humor. Ao ajudar a regular o equilíbrio hormonal do corpo, a erva-de-são-joão é capaz de balancear o metabolismo e o relógio interno, minimizando a insônia, a irritabilidade e a fadiga crônica. A eliminação dos hormônios do estresse crônico também pode melhorar a saúde geral e a função cognitiva, uma vez que o excesso de hormônios do estresse no corpo humano pode afetar vários órgãos e comprometer a saúde do organismo.
Os primeiros estudos mostram que o uso da erva-de-são-joão pode ser muito útil para aliviar os desejos e os sintomas da abstinência após o abandono do cigarro, álcool ou outras substâncias viciantes. Isso pode ser muito útil, pois livrar-se do vício é um desafio. No entanto, pesquisas adicionais sobre esse benefício específico ainda estão em andamento.
Como já sabemos: para tratar os sintomas da depressão, os ingredientes ativos da erva-de-são-joão têm fortes efeitos sobre a regulação hormonal. O hipotireoidismo é um dos distúrbios da tireoide mais comuns e, felizmente, esta erva demonstrou reduzir seus sintomas, ajudando a glândula tireoide a voltar a liberar os níveis normais dos hormônios.
Quando o assunto é humor repentino, existem duas fases distintas e desafiadoras em relação ao sexo feminino: a síndrome pré-menstrual e a menopausa. Nestes períodos, a erva-de-são-joão é amplamente recomendada às mulheres, pois seus componentes químicos têm demonstrado reduzir as mudanças de humor e a ansiedade em mulheres na menopausa. Além disso, eles reduzem as dores causadas pela cólica, a irritação e a tensão pré-menstrual.
A erva-de-são-joão apresenta propriedades anti-inflamatórias devido aos seus efeitos inibidores sobre genes pró-inflamatórios, como a ciclooxigenase-2, interleucina-6 e o óxido nítrico de sintase induzível. Estes genes desempenham um papel crítico nas doenças inflamatórias crônicas.
O efeito calmante, a rica concentração de compostos antioxidantes e anti-inflamatórios da erva-de-são-joão, tornam-na ideal para aliviar dores articulares como a artrite, o desconforto nas articulações e dores musculares. Esta erva também ajuda a aliviar a inflamação da pele e do intestino, assim como diminui a inflamação do sistema cardiovascular, contribuindo, desta forma, a baixar a pressão arterial e diminuir os efeitos do estresse no coração.
Novas pesquisas concluíram que a erva de St. John tem certas capacidades antivirais, o que reduziria o risco de AIDS, hepatite e outras condições virais graves.
O único problema com isso é que são necessárias doses elevadas para este tipo de efeito antiviral, o que também causaria uma série de efeitos colaterais desagradáveis.
Extratos da erva-de-são-joão foram utilizados há milhares de anos para tratar queimaduras. Sua utilidade na redução da inflamação é bem conhecida e parece estar relacionada à sua capacidade de servir como agente bactericida. Se você usa a erva-de-são-joão como aplicação tópica, saiba que ela pode acelerar o processo de cicatrização, a cura de queimaduras, sarar contusões e arranhões, estimulando a circulação de sangue oxigenado para as células danificadas da pele.
Além disso, em um estudo feito em 2003, pelo Departamento de Dermatologia da Freiburg University Clinic, na Alemanha, 18 pacientes com eczema foram tratados duas vezes ao dia durante quatro semanas. Após o tratamento, a gravidade das lesões melhorou nos locais que foram tratados. Além disso, a tolerância da pele e a receptividade cosmética foi boa ou excelente com o creme feito à base de erva-de-são-joão.
Durante a gravidez, as hemorroidas e outras inflamações do corpo podem se tornar muito dolorosas. Embora não seja recomendado o uso de suplementos orais ao longo da gravidez, a aplicação tópica da erva-de-são-joão é altamente recomendada para mulheres que sofrem dessas condições relacionadas à gravidez.
Recentemente, pesquisas relativas ao câncer começaram a apostar no potencial da erva-de-são-joão no combate ao câncer. Uma pesquisa, feita em laboratório, também comprovou uma correlação definitiva entre a prevenção e o tratamento da leucemia, a incluir o uso contínuo de suplementos de erva-de-são-joão.
Na Índia, realizou-se uma pesquisa com animais, na qual eles foram expostos à radiação gama (utilizada em processos de radioterapia). Dentre os animais, aqueles que consumiram o extrato desta planta tiveram um índice de sobrevivência 70% maior.
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um distúrbio mental em que as pessoas executam certos movimentos repetidamente e são incapazes de controlar seus pensamentos ou atividades. Esta é uma condição debilitante e, além disso, os dados sugerem que os efeitos positivos desta erva são de fato promissores!
Um estudo realizado na Dean Foundation for Health Research and Education analisou 12 pacientes que foram diagnosticados com TOC. Eles foram tratados por 12 semanas com uma dose fixa de 450 miligramas de 0,3% de erva-de-são-joão duas vezes ao dia. O estudo incluiu avaliações semanais e uma avaliação mensal. Mudanças significativas ocorreram dentro de uma semana e continuaram a ocorrer ao longo do teste. Ao final, 5 dos 12 pacientes foram classificados como "muito" ou "muito melhores" na CGI-S (escala de impressão clínica global-Severidade da doença), 6 foram classificados como "minimamente melhores" e um não teve "nenhuma mudança". Os efeitos colaterais mais reportados foram a diarreia e o sono não reparador.
Cada vez mais, os pesquisadores têm evidências dos benefícios da erva-de-são-joão no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo. Mais estudos como esse devem ocorrer em breve.
Esperamos que você tenha encontrado uma surpresa positiva ao conhecer os principais benefícios oferecidos por esta planta. Porém, a lista de benefícios vai além do último parágrafo, pois a erva-de-são-joão se encaixa nas seguintes funções: (1) age como anti-hemorrágico, (2) é inseticida natural (excelente opção para exterminar lêndeas, piolhos e carrapatos), (3) favorece a regeneração da cartilagem, (4) protege a parede do estômago, evitando o surgimento de úlceras, (5) reforça o fígado, (6) combate o Alzheimer, (7) ajuda a controlar a glicemia, (8) auxilia pessoas que sofrem de anemia, (9) serve para cuidar de pessoas que têm asma, (10) evita a formação de pedra nos rins.
Ao utilizar a erva-de-são-joão, retire suas flores e utilize somente suas folhas. Lembre-se: seguindo a medida padrão recomendada, ao preparar o chá você deve utilizar uma colher (sobremesa) de folhas picadas para cada xícara de água.
Frequentemente, a erva é consumida em cápsulas. A dose mais comum utilizada em estudos foi a de 300 mg, três vezes ao dia, como uma fórmula padronizada.
Os efeitos colaterais mais comuns da erva-de-são-joão são tonturas, náuseas, fadiga e confusão. Esses efeitos, quase sempre, ocorrem em pessoas com transtorno bipolar diagnosticado ou esquizofrenia.
Mulheres gestantes também não devem utilizar a erva-de-são-joão.
É essencial discutir suas condições atuais com o seu médico antes de incluir esta erva na sua suplementação diária, principalmente se você já toma outra medicação. Por isso, é muito importante que você consulte o seu médico antes de usar a erva-de-são-joão e usufruir os seus benefícios, OK?
Atualização 28/Julho/2018: Inúmeras pessoas ainda não sabem, mas, infelizmente, a erva-de-são-joão pode anular o efeito da pílula anticoncepcional. O assunto é muito sério, de modo que, a fim de informar melhor nossos leitores, trazemos um artigo com maiores detalhes.
Artigo postado na categoria: Chás & Ervas em 06/02/2018
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