De fato, aqui no blog, recebemos com frequência muitas pessoas que usam aparelhos CPAP ou pretendem usar, uma rápida navegação pelos posts na categoria 'Apneia do Sono' do nosso blog e você encontra vários relatos no final de alguns posts.
CPAP é a chave de ouro para a maioria das pessoas com apneia do sono com certo grau de severidade, mas e aquelas pessoas que não podem usar, não toleram o uso ou ainda precisam de algum tipo de terapia adicional? São soluções para esses problemas que vamos apresentar nesse post, terapias alternativas ou adicionais.
Várias alternativas apresentadas aqui já foram postadas em artigos isolados no blog, porém, recentemente encontramos uma matéria publicada em 2014 pela Sleep Review Magazine onde são apresentadas 9 terapias alternativas para apneia obstrutiva do sono. Reunimos nossas informações com as da matéria e compilamos nesse post.
Fonte de informação: Drª Kathleen Bennett, presidente da Academia Americana de Medicina Dentária.
Como funciona: Terapias com aparelhos orais ajuda a evitar o colapso da língua e os tecidos moles na parte de trás da garganta. O aparelho trabalha apoiando o maxilar em uma posição para frente, mantendo a via aérea aberta durante o sono.
Quando tentar:
IAH (Índice de Apneia/Hipopneia) apropriado: Até 30. Para pacientes com AOS severa somente após teste inicial com CPAP. Aparelhos orais demonstram ser efetivos em 50% do casos.
Considerações: Pacientes com baixo IMC (Índice de Massa Corporal) e baixo IAH tem mais chances de sucesso com aparelhos orais. É também mais eficaz em pacientes com AOS posição supina (que dormem de barriga para cima). Pacientes com Retrognatismo Mandibular também demonstram ter sucesso com aparelhos orais. Pacientes com mandibulares íngremes ou pescoços longos têm mais dificuldades em obter sucesso no uso de aparelhos orais.
Quem não deve tentar:
Fonte de informação: Dan Levendowski and Philip R. Westbrook, presidente e diretor médico do Advanced Brain Monitoring.
Como funciona: Usado na parte de trás do pescoço, Night Shift começa a vibrar quando o paciente começa a dormir de costas e lentamente aumenta a intensidade até a mudança de posição.
Quando tentar:
IAH (Índice de Apneia/Hipopneia) apropriado: Até 20 para posicionamento leve, moderado ou severo quando AOS for não supina.
Considerações: Enquanto a terapia posicional pode reduzir o IAH de grave para não grave, seu efeito no ronco é variável. Para pacientes com índice de apneia supina elevada, o ronco pode aumentar. Além disso, para evitar complicação na terapia posicional com o paciente dormindo de lado, deve se selecionar um travesseiro que alinhe a cabeça com a coluna vertebral e/ou que o travesseiro permita que a coluna cervical e torácica seja o mais horizontal possível durante o sono.
Quem não devem testar:
Fonte de Informação: David P. White, diretor científico da Apnicure.
Como funciona: O dispositivo Winx (da Apnicure) gera uma pressão negativa na cavidade bucal, que desloca o palato mole e a úvula para a frente e estabiliza a posição da língua, aumentando o tamanho da via aérea superior.
Quando testar:
IAH (Índice de Apneia/Hipopneia) apropriado: Todos os graus de IAH, mas a eficácia provavelmente é maior entre aqueles com índices de 10 a 50.
Outras considerações: Essa terapia é melhor para aqueles que mudam de posição facilmente durante o sono; possuem um índice de massa corporal menor que 40kg/m² e podem respirar facilmente pelo nariz.
Quem não deve testar:
Fonte de informação: Matt Williams, presidente da Theravent Inc.
Como funciona: Durante a inalação, a tecnologia de micro válvulas da Provent (da Theravent Inc) é aberta, permitindo ao usuário respirar livremente. Uma vez exalada, a válvula fecha e a passagem de ar pelo nariz é direcionada através de dois pequenos canais de ar. Isso aumenta a pressão nas vias aéreas (pressão positiva das vias aéreas), mantém a pressão e ajuda a manter as vias aéreas abertas até o início da próxima inalação.
Quando tentar:
IAH (Índice de Apneia/Hipopneia) apropriado: apropriado para todos os graus de IAH
Considerações: Indicada para os pacientes recém-diagnosticados com AOS leve / moderada sem comorbidades significativas e para pacientes com queixas do aparelho CPAP que buscam alternativas para viajar.
Quem NÃO deve testar:
Fonte de informação: Craig Schwimmer, presidente e diretor médico da Pillar Palatal LLC.
Como funciona: Fortalecimento do palato mole, diminuindo sua flutuação e estabilizando a via aérea retropalatal. Esse procedimento é realizado de forma não invasiva através da colocação de pequenas inserções de tecido no palato mole, sob o efeito de anestesia local.
Quem pode tentar:
IAH (Índice de Apneia/Hipopneia) apropriado: Pacientes com AOS de leve a moderada.
Outras considerações: Não é necessária a remoção ou destruição do tecido, causando menos dor e também é menos arriscado que os procedimentos de fortalecimento palatal tradicionais. Por esses motivos, esse procedimento é indicado para pacientes com componente palatal significativo. Os resultados são otimizados com a combinação dessa terapia com outros tratamentos apropriados.
Quem NÃO deve testar:
Fonte de informação: Kamaal Jarrett , gerente de produtos da ENT , Olympus America Inc.
Como funciona: A Somnosplatia, também conhecida como frequência de rádio controlada por temperatura, é uma tecnologia cirúrgica minimamente invasiva, que utiliza correntes de radiofrequência para reduzir o volume do tecido de maneira precisa (a Olympus Corporation fabrica esse aparelho).
Quando tentar
IAH (Índice de Apneia/Hipopneia) apropriado: AOS de leve a moderada.
Outras considerações: Nenhuma
Pacientes que não devem tentar: Não há contraindicações conhecidas para a terapia de cirurgia por radiofrequência. O uso de sondas de sonoplastia e radiofrequência G3 é contraindicado quando não estão de acordo com os objetivos do paciente, conforme avaliação médica.
Fonte de informação: Kathleen L. Yaremchuk , chefe de departamento da Otorrinolaringologia-Cirurgia de cabeça e pescoço no Hospital Henry Ford, Detroit.
Como funciona: É o tipo mais comum de cirurgia oronfaríngea para AOS. A UPPP amplia a via aérea retropalatal através da extração de uma parte do palato mole e da úvula para reorientação dos pilares das amígdalas. As amígdalas, se existirem, também podem ser extraídas.
Quando tentar: Após a recusa ou falha do CPAP .
IAH (Índice de Apneia/Hipopneia) apropriado: Não se aplica (o IAH não é um preditor de sucesso).
Outras considerações: A anatomia é o principal preditor de sucesso dessa terapia. Uma anatomia favorável para a UPPP inclui amígdalas grandes e posição favorável da língua (na base da língua).
Pacientes que NÃO devem testar: Algumas pessoas questionam que pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 40 deveriam optar pela cirurgia bariátrica . Porém, Yaremchuck obteve êxito em pacientes com índice de massa corporal nessa faixa, caracterizando um alto IMC como uma “relativa” contraindicação.
Fonte de informação: John Morton , presidente eleito da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (ASMBS) e diretor bariátrico da cirurgia minimamente invasiva da Stanford School of Medicine, Stanford, California.
Como funciona: Abandagem gástrica, a gastrectomia e a cirurgia gástrica levam à perda significativa de peso, incluindo a diminuição de tecido adiposo no tórax e pescoço. Estudos demonstraram que a perda de peso pode resultar na melhoria da AOS. Como já falamos anteriormente no blog, perder peso é o melhor tratamento para apneia do sono.
Quando tentar: Terapia primária para pacientes com IMC maior que 40.
IAH (Índice de Apneia/Hipopneia) apropriado: Acima de 15.
Outras considerações : o IMC e IAH são as principais considerações .
Pacientes que NÃO devem tentar: Pacientes com hipertensão pulmonar grave precisam de um detalhado plano para a preparação da cirurgia.
Fonte de informação: Sistemas médicos Inspire (link)
Como funciona: Inspire Therapy é um dispositivo implantado no peito do paciente que capta os sinais respiratórios e causa uma leve estimulação nos músculos importantes das vias aéreas, mantendo-as abertas durante o sono. Já falamos sobre esse dispositivo nesse post.
Quando tentar: Após a recusa ou falha do CPAP.
IAH (Índice de Apneia/Hipopneia) apropriado: 20 a 65.
Outras considerações: Essa terapia pode ser utilizada em pacientes adultos com mais de 22 anos de idade que confirmarem a intolerância ou fracasso da terapia CPAP e aqueles que não têm um colapso concêntrico ao nível do palato mole.
Pacientes que NÃO devem tentar:
Artigo postado em 21/10/2017
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