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Óleos essenciais - Riscos, efeitos colaterais e cuidados

Paracelso tinha razão: “A diferença entre o remédio e o veneno é a dose.” Longe de ser mera coincidência, tais palavras também se aplicam ao uso de óleos essenciais. Portanto, iremos além da frase dita pelo famoso médico suíço-alemão: responderemos perguntas; falaremos sobre o uso por via oral e cutânea; listaremos óleos que devem ser evitados em determinadas ocasiões; abordaremos quais precauções devem ser tomadas para com bebês, crianças pequenas, mulheres grávidas e em fase de amamentação.

O propósito desse texto não é desincentivar a compra de óleos essenciais. Em princípio, visamos estimular a pesquisa e, consequentemente, a realização da segurança necessária. Há estudos científicos que buscam orientar os usuários, porém suas fontes de pesquisa nem sempre são 100% seguras. Também existem pouquíssimas linhas de produção que disponibilizam orientações gerais sobre a aplicação do conteúdo e riscos.

O óleo essencial é um produto natural, mas isso não descarta a possibilidade de oferecer danos graves à saúde! Uma pequena quantidade de óleo essencial corresponde, em geral, ao teor de várias xícaras de chá de uma erva ou planta. Exemplo: uma gota de óleo essencial de menta equivale a 26-28 xícaras de chá de hortelã-verde. Os óleos essenciais são muito concentrados, motivo pelo qual devemos conhecê-los melhor antes de utilizá-los.

Caso queira fazer uso dos óleos essenciais, recomendamos consultar um aromaterapeuta, herbolário ou médico capacitado para responder perguntas sobre. É importante saber se o óleo que está sendo usufruído é de alta qualidade. Quando consumido corretamente, produzem efeitos satisfatórios e extraordinários! Os óleos essenciais oferecem um amplo conjunto de benefícios para a saúde, beleza e limpeza do lar.

Como é sabido, os óleos essenciais podem ser empregados de diferentes maneiras. Eles podem ser aplicados sobre a pele (aplicação tópica/cutânea), inalados, difundidos e ingeridos por via oral. Dito isso, vejamos a primeira questão:

1 - Os óleos essenciais são seguros?

A característica principal dos óleos essenciais é sua elevada concentração. Por este motivo, é necessário utilizá-los em quantidade pequena para haver o efeito desejado. Cuidado nunca é demais! Suas informações devem ser lidas e relidas com atenção.

Em contrapartida, ainda no que tange à segurança, a Associação Internacional de Fragrâncias proibiu certos óleos essenciais, pois foram considerados tóxicos quando são aplicados na pele ou ingeridos por via oral. Os óleos essenciais tidos como inseguros são os de raíz-forte, poejo, rue, absinto, cedro-de-espanha, folha de parra, sassafrás, urtiga, benjoim, savin, abrótano, solanaceae, helenio, costus e semente de lombriz.

2 - Os óleos essenciais são seguros para serem inalados? 

Salvo exceções, sim. A maioria dos óleos essenciais são seguros para serem inalados ou usados em difusores. Você pode acrescentar, em média, 5 gotas em um queimador de óleo ou respirar sua fragrância direto do frasco durante alguns segundos. Mesmo estando doente, inalar o vapor do óleo pode, na realidade, desobstruir e limpar as vias respiratórias, eliminando o resfriado ou alergias que surgem durante a mudança de estações.

O óleo essencial de alecrim, menta e eucalipto auxiliam a respiração e diminuem os sintomas das infecções respiratórias. Você pode, por exemplo, acrescentar 10 gotas em água fervendo e, com uma toalha no rosto, inalar seu vapor durante 5 minutos.

3 - Os difudores de óleo essencial são seguros?

Os difusores de óleo essencial estão recuperando sua popularidade. Talvez você esteja se perguntando como tê-los em seu lar, usando-os de maneira segura. As informações a seguir responderão a esta e outras questões:

(1) Liberando pequenas quantidades no ar, os difusores de óleo essencial são usados para vaporizar óleos. As mesmas precauções de segurança a respeito da inalação de óleos essenciais também são aplicadas ao uso de óleos em um difusor.

(2) A inalação é considerada um método seguro para usar óleos que apresentam um baixo nível de risco. É pouco provável que a concentração de qualquer óleo essencial é elevada a níveis perigosos devido à vaporização.

(3) Não difunda óleos essenciais ao redor de bebês, crianças pequenas, mulheres grávidas  ou em fase de lactância e animais de estimação, a menos que você esteja seguro que não correm perigo.

(4) Use o difusor durante 30-45 minutos. Não deixe o difusor ligado durante toda noite. Encha-o com uma quantidade adequada de água e leia as instruções com atenção. É provável que você deseje comprar um difusor que tenha uma tampa automática, afinal, depois de 20-30 minutos de uso, ele suspenderá automaticamente sua atividade. Assim, não haverá riscos se você esquecê-lo ligado.

(5) Se você tem alergias, asma ou uma condição médica similar, é possível que a difusão de óleos essenciais, que contenham fragrâncias fortes, poça desencadear uma reação respiratória. Não os inale ou difunda se este é o seu caso. Os óleos essenciais que podem ser menos irritantes quando inalados são os de menta, lavanda, melaleuca, eucalipto e camomila.

(6) Mantenha todos os óleos essenciais longe das chamas, pois podem ser altamente inflamáveis.

(7) Não adicione óleos transportadores em seu difusor, já que podem quebrá-lo. Periodicamente, limpe seu difusor com água morna e sabão para ajudá-lo a trabalhar eficazmente e evitar acumulação de mofos e bactérias.

(8) Verifique se sua casa/quarto tem uma boa ventilação. Abra as janelas se a fragrância estiver impregnada no local.

(9) Tenha cuidado ao difundir óleos essenciais que possam irritar as membranas mucosas. Dentre estes óleos, inclui-se o de cravo-da-índia, canela, limão e tomilho.

(10) Não use óleos essenciais em umidificadores: estes aparelhos não foram criados para esta finalidade.

(11) Comece lentamente quando se trata de difundir óleos em seu lar, de modo que possa avaliar sua reação. Talvez você tenha alguma inquietação a respeito de óleos específicos que pioram os sintomas que está experimentando. Consulte o profissional responsável pela sua saúde.

4 - Óleos essenciais em recipientes de plástico

Apesar de este aspecto não ganhar a devida consideração, os óleos essenciais não devem ser guardados em recipientes de plástico. Não diluídos, muitos óleos podem corroer o plástico e – já passados pelo processo de diluição – suas substâncias podem degradar o material do recipiente que os armazena. Em virtude disso, é recomendável fazer limpadores caseiros com óleos essenciais e guardá-los em garrafas de vidro.

Esta precação também deve ser colocada em prática em outras áreas da casa. Por exemplo: se uma garrafa de óleo essencial de laranja-silvestre for deixada sobre um móvel, danos podem ser causados à peça, manchando-a e estragando seu acabamento. Ainda que a garrafa esteja aparentemente vazia, verifique se há um pouco de óleo no fundo. Tenha cuidado ao deixar qualquer tipo de óleo sobre madeiras ou superfícies manchadas, principalmente óleos cítricos.

5 - Óleos essenciais devem ser usados internamente ou apenas topicamente? 

Isso depende do óleo em questão. Ele pode ser usado tanto internamente quanto topicamente. Se você pretende aplicá-lo na pele, aconselhamos diluí-lo em 2-3 gotas de óleo vegetal considerado “transportador”. Você pode misturar uma pequena quantidade de óleo essencial com partes iguais de óleo essencial de coco ou óleo essencial de jojoba. Em seguida, aplique sobre a área afetada que está em tratamento.

Os óleos essenciais jamais devem ser aplicados nos olhos nem nos canais auditivos! Algumas das melhores localidades para usar óleos essenciais incluem o pescoço, as têmporas, os punhos, o abdômen, o peito e a sola dos pés.

6 - Considerações sobre o uso de óleo essencial na pele 

Quanto à aplicação cutânea, na maioria dos casos o óleo essencial deve ser diluído. Há exceções, é fato, mas se não houver diluição, o óleo essencial deve, então, ser usado sob orientação médica ou de um aromaterapeuta qualificado. Devido ao pequeno tamanho molecular dos óleos essenciais, eles podem penetrar facilmente a pele e ingressar na corrente sanguínea.

Tal qual regra geral, os óleos essenciais devem ser diluídos em um óleo transportador, como o de coco ou o de amêndoa em uma solução de 3-5%. A nível prático, isso significa 3-5 gotas de óleo essencial por colheradazinhas de óleo transportador (e muito menos deve ser usado em um bebê ou criança).

O uso não diluído na pele pode causar irritação ou reação alérgica em algumas pessoas. Pode-se falar, aliás, do caso de uma pessoa que obteve sensibilidade permanente após usar (sem diluir) determinado óleo em certa parte do corpo.

Ainda que não diluídos, certos óleos, como o de lavanda e o de rosa, são considerados seguros para o uso na pele. Mas, ainda assim, é recomendável diluí-los (a maioria deles são óleos caros e, de todas as maneiras, seria custoso usá-los puros).

Em caso de dúvidas, é válido pingar um pouquinho de óleo essencial diluído no braço. Se não houver qualquer problema, como reações alérgicas, poderá derramá-lo em maior parte do corpo. Alguns óleos essenciais são permitidos para o uso, ainda que não tenham passado pelo processo de diluição. Porém, mais uma vez, recomendamos que consulte um profissional competente nessa área.

Desejando o melhor para sua pele e explorando outros métodos, os óleos essenciais podem ser usados para criar produtos de beleza, como loção em barra e óleo facial à base de ervas, mas a partir de porções diluídas. Dê asas à criatividade!

7 - Aumento de fotossensibilidade 

Certos óleos podem fazer com que sua pele fique mais sensíveis ao sol, a ponto de provocar queimaduras, ainda que seja uma exposição menor. Antes de se dirigir à praia ou passar algum tempo ao ar livre, procure não aplicar na pele algum óleo fotossensível. Caso o faça, você poderá terminar com uma reação que pode ir desde uma pele levemente vermelhada à uma queimadura grave.

Os óleos considerados fotossensibilizantes são, geralmente, cítricos e englobam:

Nunca aplique um destes óleos em sua pele antes de qualquer exposição ao sol, nem se exponha aos raios UV, como em uma cama de bronzeamento. Os óleos não vão lhe ajudar a se bronzear mais rápido, porém é provável que lhe provoquem dor, bolhas, inchaço e danos irreparáveis na pele. Se você quiser usar um destes óleos na pele, aguarde, pelo menos, 4 horas para, então, expor-se ao sol.

8 - Óleos essenciais que requerem diluição quando usados na pele 

  • Basílico (não é apropriado para mulheres grávidas ou pessoas com epilepsia)
  • Bétula (evite seu uso caso esteja grávida ou amamentando. Use quantidades mínimas para diminuir a sensibilidade. Evite-o se você usa anticoagulantes, vai operar, tem transtornos hemorrágicos, possui deficiência de ácido salicílico, foi diagnosticado com algum um transtorno convulsivo ou ADD/ADHD. Não o use em peles sensíveis, nem em bebês, crianças ou pessoas de idade avançada)
  • Pimenta-preta (pode causar irritabilidade quando usado em doses altas)
  • Cardamomo (pode ser usado internamente, em gargarejos, inalar ou esfregar sobre a pele. Sua diluição é recomendada. Pode causar reações alérgicas em pessoas com pele sensível. Não aplicar em/ou próximo ao rosto de bebês ou crianças pequenas)
  • Cedro (evite usá-lo durante a gravidez)
  • Citronela (pode causar irritabilidade quando inalado ou sensibilidade à pele)
  • Cravo
  • Canela
  • Eucalipto
  • Funcho
  • Manjerona
  • Mirra
  • Orégano
  • Açafrão-da-terra
  • Gaultéria (pode ser tóxico quando usado em grandes quantidades. Não o use em peles sensíveis, nem em bebês, crianças ou pessoas de idade avançada)

9 - Considerações sobre o uso de óleo essencial por via oral 

Trata-se de um ponto problemático. Diversos óleos essenciais não são seguros para o uso interno e outros devem ser usados com extrema precaução. Visto que cada óleo essencial é o equivalente a 10-50 xícaras de chá da mesma erva, somente devem ser usados por via oral em situações nas quais isso é absolutamente necessário e com enorme cuidado, incluindo o acompanhamento de um profissional da área da saúde.

Aqui está o X da questão: os óleos essenciais são compostos de plantas demasiadamente potentes, que podem ter um efeito terrível em seu corpo. Muitas fontes online promovem suas propriedades “antibacterianas, antimicrobianas, antivirais e antifúngicas.” Sabe o que está repleto de bactérias? Seu intestino.

Constantemente, pesquisas estão surgindo sobre nossos microbiomas intestinais extremamente diversos, mas ainda não os entendemos ao todo. Sabemos que os problemas intestinais afetam drasticamente outros aspectos da saúde e que os desequilíbrios no intestino podem causar problemas na pele, cérebro e outras partes do corpo. O efeito dos óleos essenciais nas bactérias intestinais ainda não foi estudado com profundidade e as propriedades antibacterianas dos óleos essenciais podem eliminar muitos tipos de bactérias no intestino, até as bactérias benéficas e necessárias.

De fato, os estudos realizados sobre as propriedades antibacterianas dos óleos essenciais sugerem que tais propriedades possam ser uma alternativa efetiva no lugar dos antibióticos.

Os antibióticos podem salvar vidas e são necessários em alguns casos, mas não deve ser usados com regularidade, de forma preventiva ou sem a supervisão de um profissional médico. Se os óleos essenciais podem atuar da mesma maneira que os antibióticos, devemos exercer a mesma precaução ao usá-los internamente.

Em quase todos os casos, alguns dos mesmos benefícios de um óleo essencial (tomado internamente) podem ser obtidos usando a mesma erva (fresca ou seca) ou um chá.

Muitos óleos essenciais são considerados “GRAS” ou geralmente reconhecidos como seguros para uso alimentício ou em cosmético. No entanto, a maioria dos óleos essenciais não foi estudada, principalmente em quantidade internas concentradas. Elementos como o vinagre, o sal e o bicarbonato de sódio também lhe dá este estado, mas isso não significa que devem ser consumidos regularmente ou em grandes quantidades. Não deixe de pesquisar!

10 - Conselhos de segurança para quem usa óleos essenciais internamente 

(1) Leia as etiquetas atentamente para saber se o óleo é apropriado para o uso interno. Verifique as advertências de cada óleo antes de ingeri-los.

(2) Ao fazer uso interno, utilize quantidades pequenas, aproximadamente 1-2 gotas ao mesmo tempo, até 2-3 vezes ao dia.

(3) Use óleos essenciais 100% puros, já que o uso dos óleos essenciais adulterados aumenta a probabilidade de uma reação adversa.

(4) Se você sentir alguma irritação na boca ou na garganta, dilua o óleo em líquidos ou alimentos (mel, purê de maçã, etc.) antes de consumi-lo. Também é aconselhável consumir os óleos essenciais juntos à comida em vez de fazê-lo com o estômago vazio.

(5) Se atualmente você está tomando medicamentos receitados ou de venda livre, seja por via oral ou epidérmica, leve em conta que os óleos essenciais podem aumentar o efeito colateral de um medicamento.

(6) Sempre pergunte a seu médico se há algum problema quanto à segurança das reações medicamentosas. As pessoas que tomam remédios para o coração, como os anticoagulantes, devem evitar o uso do óleo essencial de sálvia sclarae, cipreste, gengibre, alecrim, sálvia e tomilho.

(7) Se você está lidando com algum tipo de problema hormonal, considere que o óleo essencial de lavanda, canela, camomila, sândalo e sálvia podem alterar os níveis hormonais.

(8) Fique atento a qualquer sinal ou sintoma de uma reação negativa. Quais são os possíveis efeitos colaterais dos óleos essenciais ou os sintomas de sobredosagens de óleos essenciais? Isso pode incluir irritação nos olhos e na garganta, erupção cutânea, urticária, vômitos, náuseas ou enjoos.

(9) Se uma criança ingeriu grandes quantidades de óleo essencial, entre em contato ou busque imediatamente uma unidade de controle de envenenamento mais próximo para receber ajuda e emergência.

11 - Óleos que não devem ser usados por via oral

  • Basílico
  • Bétula
  • Pimenta-preta
  • Cardamomo
  • Cedro
  • Citronela
  • Clary Sage (não é seguro para ser usado durante a gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre de gestação ou quando é usado no abdômen)
  • Chipre (não usar durante a gravidez)
  • Eucalipto (pode ser usado em forma de vapor, para gargarejos, difusão, inalado diretamente ou esfregá-lo na pele. Também pode ser usado de 10 a 15 gotas para fazer produtos naturais e para o cuidado do lar. As crianças e pessoas com pele sensível devem usá-lo com precaução. O óleo deve ser diluído antes de ser usado na pele. Não aplicá-lo próximo ao rosto de crianças pequenas)
  • Melaleuca (se for usado na boca, cuspi-lo sempre após a utilização para que não haja efeitos colaterais, como problemas digestivos, urticária ou enjoo)
  • Rosa (evite usá-lo durante a gravidez.)
  • Gualtéria

12 - Fique alerta às possíveis interações com medicamentos

Se você toma um medicamento receitado, é importante averiguar se o óleo essencial que planeja usar pode interferir no efeito. Se você não está seguro em usar o óleo essencial junto ao medicamento que está tomando, não o use. É possível que deva evitar todos os óleos essenciais se está tomando vários medicamentos, pois há a chance de aumentar exponencialmente as possibilidades de interação com um medicamento.

Segundo Aromaceuticals, como fonte de uma apresentação em Denver, Colorado, em dezembro de 2008: “(...) pessoas com enfermidade hepática ou renal, um sistema imune comprometido ou aqueles que tomam vários medicamentos, devem se consultar com um aromaterapeuta profissional e qualificado antes de experimentar óleos essenciais”. 

Como sabemos se estamos diante de um profissional qualificado? Recomendamos fazer pesquisas a fim de saber onde o referido profissional se qualificou, incluindo averiguar quantas horas de aula e estágio-supervisionado foram realizadas pelo mesmo.

13 - Óleos essenciais são seguros durante a gravidez ou fase de amamentação?

Seja durante a fase de gravidez, seja durante a fase de lactância, a mulher deve redobrar sua atenção em relação à saúde. Nem tudo que parece ser bom pode ser benigno. Os óleos essenciais é um exemplo disso. Ainda que eles sejam considerados seguros, mostram ser prejudiciais para certas mulheres, e até existe a possibilidade de que os efeitos de alguns óleos acarretem desequilíbrio hormonal. Também podem ter um efeito estimulante no útero, apresentando risco para o feto (existe indício de que os óleos essenciais podem atravessar a placenta). Como efeito colateral, consideramos possível alteração na pressão sanguínea. Não foram realizadas pesquisas suficientes para demonstrar que certos óleos essenciais são definitivamente seguros. 

Quais óleos essenciais são bons e seguros para quem está grávida? O óleo essencial de lavanda, bergamota, camomila (alemã ou romana), gerânio (aconselhável usá-lo depois do primeiro trimestre), gengibre, pomelo, juniperus, limão, sândalo, laranja e ylang-ylang. Difundir os óleos aromaticamente é uma forma essencial de usá-los durante a gravidez, afinal, não tem efeitos tão fortes como o uso do óleo essencial na pele ou por via oral.

Lembre-se: recém-nascidos, crianças pequenas e mulheres grávidas e/ou em fase de lactância são mais sensíveis aos efeitos dos óleos essenciais.

14 - Óleos essenciais que não devem ser usados durante a gravidez

  • Manjericão
  • Bétula-branca
  • Pimenta-preta
  • Cedro
  • Cardamomo
  • Cássia
  • Canela
  • Citronela
  • Clary sage
  • Cravo
  • Cominho
  • Cipreste
  • Eucalipto
  • Funcho
  • Gerânio (não é recomendável durante o primeiro trimestre de gravidez)
  • Hissopo
  • Jasmim
  • Erva de limão
  • Manuka
  • Manjerona
  • Erva-cidreira
  • Mirra
  • Orégano
  • Melaleuca
  • Camomila-romana
  • Rosa
  • Alecrim
  • Spineard
  • Tomilho
  • Gaultéria

Se você está amamentando, aconselhamos que evite o óleo essencial de menta porque ele pode diminuir a produção de leite.

15 - Uso de óleos essenciais em crianças e bebês 

Em comparação a um adulto, os bebês e as crianças pequenas possuem uma pele mais sensível. A maioria dos especialistas recomenda que os óleos nunca devam ser dados internamente às crianças, nem ser usados na pele delas sem antes passar pelo processo de diluição. O óleo essencial deve ser diluído em dobro em comparação à aplicação na pele de um adulto.

Em geral, os óleos essenciais como os de laranja, limão, lavanda e camomila são considerados seguros para as crianças quando diluídos.

Outros óleos, como o de menta, alecrim, eucalipto e gualtéria, não podem ser usados em crianças pequenas ou bebês. Estas ervas contêm mentol e 1,8-Cineol. Tais compostos químicos são capazes dificultar a respiração (ou bloqueá-la por completo) em crianças muito pequenas ou com problemas respiratórios. De fato, nunca devem ser usados internamente ou sem diluir na pele de crianças, mas estes óleos em particular garantem precaução para uso aromático.

Um artigo da Universidade de Minnesota adverte sobre o uso de menta e óleos similares em crianças menores de seis anos, pois “O mentol, um dos principais componentes químico no óleo de menta, provocou que a respiração fosse bloqueada em crianças pequenas e causou icterícia severa em bebês com deficiência de G6PD (uma definição genética de enzimas comuns) (Price & Price, 1999)”.

Segundo relatos, óleos essenciais já causaram convulsões em crianças e, portanto, deve-se ter muita precaução. Para esclarecer: estas reações convulsivas foram raras e a maioria delas aconteceu em pessoas que eram predispostas a convulsões, mas ainda assim devemos ter maior cuidado com crianças pequenas.

Ademais, você sempre deve lidar com os óleos como faria com qualquer tipo de medicamento, isto é, mantê-los fora do alcance de crianças. Óleos como o de gualtéria podem ser fatais se ingeridos por uma delas.

16 - Óleos essenciais e animais não combinam 

Os seres humanos têm o privilégio de desfrutar de quase tudo que a natureza lhes oferece. Infelizmente, não podemos dizer o mesmo de seus amigos de quatro patas... Os mascotes da casa, cães e gatos, além de possuir uma genética diferente, são donos de uma olfato supersensível. Há inúmeros casos de animais cuja saúde foi seriamente prejudicada por causa dos óleos essenciais.

O óleo essencial de poejo, por exemplo, com frequência é utilizado por cuidadores que desejam ver o melhor amiguinho livre das pulgas e dos carrapatos – e convenhamos: trata-se de um óleo eficaz, apesar de ser tóxico para os rins e o fígado do animal. O óleo essencial de melaleuca é outro óleo comumente utilizado em animais de estimação para sarar problemas dermatológicos, como arranhões e picadas. Mas muitos desses animais acabaram indo à clínica veterinária após mostrar sinais de intoxicação: tremor, debilidade, vômito, depressão e ataxia.

Às vezes o óleo pode acarretar uma cumulação gradual de toxinas no sistema de um animal (especialmente nos gatos, mas às vezes também nos cachorros), o que provoca lentamente insuficiência orgânica. Evite usar óleos essenciais em seus animais de estimação!

17 - Dicas de segurança e considerações finais 

  • Sempre realize um pequeno experimento. Assim, você saberá se é alérgico ou não antes de aplicá-lo em maior parte de sua pele ou fazer uso interno. Deixe-o imediatamente de lado caso ocorra irritação.
  • Evite a aplicação de conhecidos óleos essenciais ou alérgenos dérmicos irritantes. Isso é especialmente importante se você tem qualquer tipo de infecção cutânea inflamatória ou alérgica, como eczema ou rosácea.
  • Tenha cuidado ao usar óleos essenciais que possuem mais probabilidades de serem irritantes dérmicos ou aumentar a sensibilidade ao sol (fotossensibilidade), provocando bolhas e queimaduras solares. Isso pode ser causado pelos óleos essenciais de canela, cravo, citronela, cominho, limão-siciliano, limão, orégano, bergamota e tomilho. Quanto aos óleos essenciais que podem aumentar a fotossensibilidade, aplique-os e espere entre 4-12 horas antes de qualquer contato direto com a luz solar.
  • Se você tem uma pele sensível, evite a aplicação não diluída. Dilua os óleos essenciais com óleo vegetal ou outro meio antes de aplicá-los na pele.
  • Não use em demasia óleos essenciais na pele porque isso pode causar uma maior secura devido à sua natureza lipofílica.
  • Evite a aplicação sobre a pele aberta ou danificada, feridas, queimaduras ou arranhões infectados.
  • A pele danificada ou inflamada é mais vulnerável e pode ser mais sensível às reações dérmicas.
  • Certos óleos essenciais, ricos em aldeídos (como o de canela) e fenóis (como o de cravo-da-índia) podem causar reações na pele, razão pela qual sempre devem ser diluídos antes de serem aplicados. Os óleos essenciais que podem ser mais facilmente tolerados por pessoas com sensibilidade cutânea são: manjerona, olíbano, camomila-alemã, mirra, tomilho e lavanda.
  • Se você perceber sinais de irritação dérmica, aplique uma pequena quantidade de óleo vegetal ou creme na área afetada e suspenda o uso de todos os óleos essenciais por vários dias.
Referências bibliográficas:
https://wellnessmama.com/26519/essential-oils-risks/
https://draxe.com/essential-oil-safety/
http://www.naturallivingideas.com/essential-oil-dangers/
http://aromatologia.net.br/blog/cade-alcatrao-da-madeira/

Artigo postado na categoria: Aromaterapia em 13/02/2018

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