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Óleos essenciais realmente funcionam?

Óleos essenciais realmente funcionam?

Se o questionamento trouxe você até aqui, saiba que – segundo o pensamento aristotélico – a dúvida é o princípio da sabedoria. Questione quantas vezes for preciso. Nesse artigo caminharemos rumo à pergunta principal: Óleos essenciais funcionam? Mas antes de responder a questão principal, vamos falar de forma breve e objetiva o que são e como são fabricados os óleos essenciais.

1 - O que é óleo essencial?

Trocadilhos à parte: a palavra “essencial”, neste contexto, não condiz necessariamente com aquilo que seja indispensável para a vida humana ou vegetal. Refere-se à essência retirada da planta para que, enfim, o óleo seja produzido. Nesta essência encontramos, além de um aroma característico, substâncias voláteis e moléculas que são responsáveis pela formação de perfumes.

Na maior parte dos casos, quando um nutriente é considerado “essencial”, ele oferece à saúde aquilo que o próprio corpo não produz, como por exemplo: aminoácidos, suplementos, minerais essenciais presentes em alimentos e ácidos graxos fundamentais, como o DHA encontrado no peixe.

2 - Como os óleos essenciais são feitos?

Quando queremos escolher um óleo essencial para fins terapêuticos, o método de extração tem um papel importante. Dentre estes processos destacam-se:

(1) Destilação a vapor: Trata-se de um dos processos mais comuns. Nele, o vapor é bombeado e direcionado a um recipiente onde há o extrato da planta. À medida que o vapor entra em contato com a matéria vegetal e, ao mesmo tempo, atinge a parte superior do balão de destilação, produz o óleo essencial, levando-o até o condensador. Em seguida, o condensador preenche o béquer com óleo e água. Mas estes dois elementos não se misturam, de modo que o óleo permanece na superfície da água. Sendo o óleo retirado, a água que restou é convertida em um hidrolato, isto é, um líquido aromático diluído que também tem valor terapêutico.

(2) Extração com CO2: Quando colocado sob alta pressão e em contato com o extrato da planta, o gás dióxido de carbono é convertido para o estado líquido, dissolvendo as moléculas do material vegetal. Feito a dissolvência, o dióxido de carbono volta ao estado gasoso quando sob a pressão normal. Por fim, o gás se dispersa, deixando apenas o material substancial.

(3) Extração por solventes: Neste processo o óleo essencial é obtido por meio de um solvente, como o benzeno ou o álcool, dentre outros que mantêm as substâncias mais delicadas intactas. Este método origina dois produtos: o concreto e o abstrato. O concreto é o produto na primeira fase, onde o óleo essencial, após ser misturado com solvente, assume uma consistência pastosa. O abstrato, por sua vez, é o produto na segunda fase, onde o óleo essencial é purificado por outro tipo de solvente, alcançando uma consistência mais líquida. Alguns usuários não optam pelo absoluto, pois este processo, ao que parece, deixa resíduos do solvente no óleo.

3 - Como funcionam os óleos essenciais?

O olfato é um dos sentidos mais importantes. Por isso, é fundamental estar atento aos elementos que nos cercam, sendo eles químicos ou não. No que tange à natureza, as plantas produzem óleos voláteis para se comunicarem com o mundo que as rodeia. Seus óleos, por outro lado, atraem os polinizadores, enviando convites aromáticos através do ar. As plantas também fazem uso de mecanismos de defesa que, infalivelmente, afastam a presença ameaçadora dos herbívoros.

Com o óleo produzido por estas plantas não se brinca! O aroma exalado por elas pode alterar a frequência cardíaca, gerar desorientação, misturar-se com os hormônios ou atrair os predadores que atacariam os herbívoros.

Recomendamos que você tenha cuidado ao fazer uso destes óleos, pois (como dito acima) um de seus sentidos mais importantes é o olfato e, facilmente, as moléculas do óleo essencial poderão gerar um impacto tremendo em seu cérebro.

4 - Como se usam os óleos essenciais?

(1) Inalação: Um dos métodos mais comuns de tratamento é a inalação. Há quem faz uso de difusores e obtém um resultado satisfatório, pois essa forma é capaz de transformar positivamente um ambiente. Também é mais seguro usar difusores em vez manter o óleo essencial próximo às fossas nasais; alguns óleos são suficientemente fortes a ponto de agredir os seios paranasais. Assim, é recomendável diluí-los primeiro.

(2) Ingestão: Antes de ingerir um óleo essencial, seja ele em cápsulas, seja misturado com água, procure a orientação de um profissional qualificado e busque se informar por meio de fontes confiáveis. Certos óleos podem ser perigosíssimos para a flora intestinal, a tirar como exemplo: o óleo de orégano, cravo-da-índia e tomilho. Segurimos a leitura do post: Óleos Essenciais - Riscos, efeitos colaterais e cuidados.

5 - Os compostos ativos nos óleos essenciais

Os compostos ativos são inúmeros, a se destacar, por exemplo, o limoneno ou pineno. Ademais, os óleos essenciais possuem uma quantidade de terpenos, que também são chamados de hidrocarbonetos, geralmente encontrados em plantas.

Os terpenos fazem parte da maioria dos óleos essenciais e, inclusive, atuam em tratamentos médicos. Pesquisas mostram que os terpenos específicos protegem o ADN, além de reduzir o crescimento tumoral e o colesterol LDL. Com este componente, a pressão arterial diminui e os germes, eliminados.

6 - Óleos essenciais realmente funcionam?

Infelizmente, não há uma resposta específica para esta questão, pois há um tipo de óleo para problemas distintos entre si. Alguns são excelentes aromatizantes, outros vão um pouco além desta função... Vejamos, abaixo, como os óleos essenciais agem mediante aspectos inerentes à saúde.

(1) Náusea: Segundo pesquisas, mulheres grávidas experimentaram alívio imediato ao inalar óleo essencial de limão. O óleo essencial de menta também substituiu o uso de medicamentos que serviriam para eliminar efeitos pós-operatórios – a náusea também seria um destes efeitos.

(2) Dor: Os óleos essenciais também se tornaram sinônimo de combate à dor. Inalar óleo essencial de lavanda, por exemplo, reduz o uso pós-operatório de paracetamol em crianças que passaram pelo processo de remoção das amígdalas. Algodão embebido em lavanda, antes da introdução de agulhas de hemodiálise, reduz a dor da aplicação. Já o óleo de Gaultéria contém salicilato de metila e, assim, atua de maneira similar à aspirina no corpo. O salicilato de metila e o mentol, um composto presente na menta, são encontrados entre os principais ingredientes ativos dos cremes para dores musculares, muito utilizados em atletas que sofrem contusões.

(3) Concentração: Óleos essenciais podem ajudar as crianças a se concentrarem melhor durante a aula. Após experimentar doses de óleo de sálvia, pacientes alcançaram maior estado de alerta e memória. Difundir óleo de alecrim pode melhorar o rendimento na realização das tarefas cognitivas – aspecto garantido por pesquisas!

(4) Testosterona: O óleo essencial de Segurelha-das-montanhas amplia a produção de testosterona. Usado em testes com frangos de engorda, este óleo, diluído em água potável, aumentou a testosterona e diminuiu estrogênio.

7 - Os óleos essenciais são seguros?

De antemão, cabe a nós ressaltar: “A diferença entre o remédio e o veneno está na dose”, como afirmou o médico suíço-alemão Paracelso. O excesso prejudica, principalmente quando se trata de remédios, receitados ou não.

A sobriedade e a informação são fundamentais quando lidamos com óleos essenciais. O óleo essencial de bergamota, que é um aromatizante presente no chá Earl Grey, é ingerido em pequenas quantidades. No entanto, quando aplicado na pele e, logo em seguida, tem contato com a luz solar, provoca queimaduras.

Utilizar gualtéria em um músculo dolorido proporciona alívio. Porém, tomar colheradas de gualtéria é o mesmo que ingerir muitas aspirinas de uma vez.

Antes de fazer uso de óleos essenciais, recomendamos que você os dilua, além de usufruí-los sob os cuidados de um profissional qualificado. Isso aumentará a probabilidade de haver êxito em seu tratamento alternativo. Óleos essenciais merecem o mesmo respeito e a atenção que você daria às suas receitas médicas.

Cuidado! Óleos essenciais podem desencadear alucinações, convulsões e perda de consciência.

8 - Considerações finais

Na Antiguidade, egípcios já faziam uso de essências botânicas para ungir o corpo. Na Idade Média, curandeiros prometiam a cura com extratos botânicos. Hoje, uma vez que você opta pelos métodos alternativos, depara-se com uma variedade de óleos essenciais. Eles são divulgados em blogs e redes sociais que, detalhadamente, sugerem receitas para beneficiar a saúde e restaurar a beleza, além da criação de produtos de limpeza, inseticidas caseiros, desodorantes naturais, água de banho etc.

Muitos estudos apontam que pessoas expostas a aromas agradáveis relatam se sentir melhor e demonstram mais produtividade em comparação às pessoas que, por sua vez, estão em contato com aromas desagradáveis, incluindo ambientes livres de odores.

Estudiosos da Universidade de Marywood incluíram pessoas em seus experimentos. Elas, então, tiveram contato com três elementos: (1) néroli (classificado como estimulante), (2) lavanda (classificada como relaxante) e um terceiro elemento neutro em matéria de aromatização. Independente do estado de ânimo em que os participantes eram encontrados, aqueles que inalaram o aroma estimulante apresentaram mudança no ritmo cardíaco e alterações que indicavam ativação fisiológica. Quanto ao aroma relaxante, estas mesmas pessoas demonstraram uma menor excitação fisiológica.

O que não nos faltam são pesquisas que comprovam a eficácia dos óleos essenciais. Apesar destas informações, precauções são necessárias, a começar mantendo os óleos essenciais fora do alcance de crianças. E lembre-se: os óleos essenciais, nas mãos corretas e nos lugares corretos, podem ser milagrosos!

Artigo postado na categoria: Aromaterapia em 03/04/2018

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